Na oficina de pigmentos, do Programa de Educação Ambiental e Patrimonial, do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, as crianças tem a possibilidade de pintar sem a utilização de lápis de cor, canetinha ou tinta guache, resgatando técnicas que os homens pré-históricos utilizaram.

 

Um dos primeiros registros de comunicação humana são as pinturas nas paredes de caverna (pinturas rupestres). Através destes registros os pesquisadores tentam imaginar os hábitos dos povos que aqui habitaram (o que caçavam, comiam, suas tradições) e sua interação com os elementos da natureza.

 

Para registrar sua arte, os elementos utilizados para obtenção da cor eram pigmentos naturais obtidos de matérias-primas de origem mineral e vegetal, pois não havia naquela época os corantes sintéticos que usamos hoje. Os elementos de origem mineral incluem carvão, pó de minerais como a calcita e argila, enquanto que os elementos vegetais incluem sementes, frutos, flores e folhas.

 

Apesar do advento dos pigmentos sintéticos, alguns artistas ainda utilizam pigmentos naturais em suas obras. Na culinária, açafrão e pó de semente de urucum (colorau) são muito usados para colorir os alimentos.

 

A atividade de pintura com pigmentos é uma forma de contar um pouco sobre o nosso passado e aguçar a criatividade das crianças, propondo criar arte a partir da representação do mundo à sua volta.